No dia das eleições de 2010 estava indo votar com minha mãe, pensando seriamente no futuro do país que seria decidido naquele dia.
Quando cheguei em casa e comecei a ver a apuração de votos fiquei muito surpresa com o fato de o candidato a deputado federal com mais votos ser um analfabeto, comediante e que não entende nada de política.
Indignada, comecei a me perguntar como uma pessoa sem conhecimento algum e sem comprometimento com o progresso do país pode ter sido eleita.
Esse fato estava sendo discutido no país inteiro, a mídia sempre emitia comentários a respeito. Só depois eu percebi que sempre tendemos a votar em pessoas semelhantes a nós mesmos. Se a maior parte da população brasileira é analfabeta é claro que nada mais apropriado que um palhaço analfabeto para representá-la.
Hoje, isso já foi esquecido e só me resta conformar com o inevitável: a futura bancarrota do país.
Ana Luíza Trindade
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