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domingo, 5 de dezembro de 2010

Curiosidade mata!

 - Era uma terça chuvosa, Napoleão, estava novamente no bar. Bebia e fumava o de sempre e entre goles e fumaça ele recordava de suas vitórias e conquistas. Mas dentre umas e outras, um estranho se adentrou.
    Napoleão sentiu o mundo girar, não por conta do álcool que lhe subia à cabeça e sim pelo seu passado negro voltar. Eu, ali, parado no balcão, percebi que a noite ia ser longa e de pronto liberei um Buchanan's 18 anos e um cubano Bolívar. Eu apenas observava tão anomalia em meu bar. Napoleão recebendo visita depois de tantos anos sem comandar? Era estranho, mas não impossível, por isso, então, eu fiquei a vigiar.
   Napoleão estava branco, mais do que o de costume, pegou seu uísque e seu charuto e em uma mesa com o estranho foi se sentar. Duas rodas de pinga e três de cachaça por aquela mesa passaram e nada de ninguém passar e me contar. A curiosidade me consumia e a cada suspiro de Napoleão o meu ouvido saltava. Quase mandei todos do bar se ausentarem, mas em tempos de peste um que entrava e sentava já era dez por cento pro “chara”.
    Enquanto eu pensava no meu lucro e no que Napoleão conversava, eu limpava o balcão com um pano gorduroso que eu havia encontrado. Napoleão de repente se levantou e caminhou em direção ao banheiro, para quem havia bebido todas, ir ao banheiro dessa forma era a reação mais comum, porém, ele portava uma mala preta. Eu, obviamente o segui e olha no que deu São Pedro, agora eu estou aqui e bem que minha mãe dizia: “Curiosidade mata!”.
                                                      
Ivy Francine

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